Carrapatos são parasitas externos, artrópodes, pertencentes à Sub Classe Acarina, que se alimentam do sangue do hospedeiro. O ciclo de vida do carrapato é composto por quatro estágios: ovo, larva, ninfa e adulto. Geralmente parasitam animais domésticos, silvestres e, inclusive, o homem.
Dependendo da fase do ciclo de vida em que se encontram, podem viver tanto na superfície da pele do cão como no ambiente. A fêmea ingurgitada cai no solo e põe entre 3.000 a 5.000 ovos em locais altos.
Os carrapatos podem estar no solo, como, por exemplo, locais com vegetação gramados e também nas frestas de paredes sempre à espera de um hospedeiro. Quando percebe a passagem de um hospedeiro, dirige-se para ele, “passeando” pelo seu corpo até encontrar um local seguro, como o pescoço ou a cabeça, onde o cão não o possa arrancar.
Os carrapatos precisam de condições específicas para o seu correto desenvolvimento, principalmente de temperatura, umidade e horas de intensidade de luz. À medida que aumentam as horas de luz e a temperatura, a atividade dos carrapatos aumenta. Consequentemente, a época mais favorável para o aumento das infestações por carrapatos pode estender-se desde a primavera até o outono.
Além do banho nos animais com produtos específicos também é recomendada pela maioria dos Médicos Veterinários a pulverização do ambiente onde o animal vive, com o objetivo de eliminar os carrapatos presentes nessas áreas, mantendo, assim, o ambiente e o cão livres do parasita de forma rápida, segura e por mais tempo.
As espécies mais comuns são:
Carrapato vermelho (Rhipicephalus sanguineus): Espécie de grande importância veterinária. Esse é um carrapato típico de três hospedeiros (larvas, ninfas e adultos vivendo em hospedeiros separados), comumente encontrado parasitando o cão, outros mamíferos e aves. Desprendem-se dos cães em qualquer fase de desenvolvimento, espalhando- se pelas habitações, encontrados às vezes em grandes números. É o vetor da babesiose e erlichiose.
Carrapato do cavalo (Amblyomma cajennense): O hospedeiro preferido da fase adulta é o cavalo e o boi, podendo parasitar também outros animais domésticos e silvestres. Esta espécie pode atacar o homem em enormes quantidades nas estações secas e frias, em qualquer fase de sua evolução. É o vetor da babesiose equina no Brasil e da Febre maculosa no homem.