Os pombos domésticos (Columba livia) são originários do continente Europeu, e foram introduzidos na América do Sul por volta do século XVII. Em muitos lugares, pombos-domésticos escaparam, perderam-se ou foram intencionalmente soltos dando origem as populações hoje estabelecidas.
Podem um casal durante toda a vida e têm em média de 5 a 6 ninhadas por ano, cada uma com de 2 a 3 filhotes. Eles apresentam cuidado parental durante a incubação e por mais ou menos 1 mês após o nascimento, período que os filhotes levam para aprender a voar. Os ovos são incubados por 17 a 19 dias até o nascimento dos filhotes, cujo amadurecimento até a idade adulta ocorre no período de 6 a 8 meses.
Em liberdade, os pombos domésticos permanecem próximos de habitações humanas, onde podem causar diversos problemas quando presentes em números excessivos. As fezes ácidas além de sujar, podem provocar danos à pintura de veículos e ao patrimônio histórico e artístico, bem como matar plantas ornamentais e gramados. O acúmulo de penas, fezes e resto de ninhos pode causar entupimento em calhas ou tubulações de escoamento pluvial e o apodrecimento precoce de forros de madeira. Em armazéns, mercados ou depósitos, os pombos podem promover a contaminação de alimentos, pois transportam bactérias em seus pés. Além disso, em locais onde há concentração dessas aves frequentemente também há proliferação de ratos, baratas e moscas.
Apesar de simbolizarem a Paz, os pombos são considerados pragas urbanas devido a sua característica de serem hospedeiros de diversos organismos que causam prejuízos à nossa saúde, eles desempenham um importante papel na transmissão de várias doenças que acometem humanos e animais, tais como criptococose, histoplasmose, ornitose, salmonelose, toxoplasmose, encefalite, dermatites, tuberculose aviária.
Em muitos lugares, o pombo-doméstico já atingiu a condição de praga urbana graças à sua grande facilidade de adaptação e reprodução, ausência de predadores possibilitando uma maior sobrevivência de animais fracos e doentes que se tornam reservatórios e disseminadores de doenças, dos prejuízos econômicos que causa e dos riscos que representa à saúde pública, sendo necessário controle populacional.
Porém, é importante lembrar que apesar de não pertencerem a uma espécie nativa do Brasil, os pombos que vivem em liberdade no nosso meio são considerados parte integrante da fauna silvestre brasileira, portanto, amparados pela legislação de proteção à fauna. O seu controle deve ser feito por pessoas devidamente autorizadas.